Embora só se ouça falar em violência, insegurança, deficiência na saúde e
outros problemas vivenciados pelos moradores do bairro João XXIII, ainda é possível
encontrar em meio a tantas reclamações por parte dos moradores, o contraste de
várias crianças se divertindo numa pequena quadra de esporte, localizada no
centro da praça do bairro, e as crianças, algumas acompanhadas pela mãe.
Perguntada se ela temia em trazer os filhos para brincar naquele local, a dona
de casa Edinete da Silva, 26 anos, diz que é uma das poucas opções que oferece
lazer às crianças no local. “É perigoso, é. Mas fazer o quê, se essa é a única
opção que a gente tem para trazer nossos filhos”, reclama a jovem revoltada com
a situação.
As crianças embora não tenham maturidade suficiente, já são conhecedoras
dos problemas que acometem a comunidade. Pedro Victor, estudante, de 11 anos, o
mais velho das cinco crianças entrevistadas, fala que o bairro é perigoso e que
acabara de presenciar um assalto ocorrido a poucas horas antes da nossa
chegada. “Acabaram de assaltar uma menina bem ali, eu vi e peguei foi o beco” comenta
Pedro, um pouco apreensivo e com um sorriso inocente nos lábios.
Assim os moradores do bairro João XXIII, juntamente com líderes e pessoas
que buscam dar voz a essa população, seguem na luta de um melhor João XXIII
amanhã. Para assim não só ter a liberdade de ir e vir com segurança, mas de
também oferecer a seus filhos a oportunidade de crescer com dignidade, buscando
sempre uma educação de qualidade, uma saúde digna e lazer de verdade para todos,
mantendo-os assim longe da vida marginalizada.
A comunidade João xxiii nos mostrou que apesar de ser carente em varios aspectos como saúde, lazer e segurança a população não deixa de acreditar que o futuro vai ser melhor para todos.
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